sábado, 24 de maio de 2014

Dois





 O número  2 

"... Na Antiguidade, o 2 teve importância filosófica e teológica, já que este número permite a dualidade, o confronto entre princípios opostos: o bem e o mal, o par e o ímpar, o espírito e a matéria. No domínio religioso, o maniqueísmo é talvez a expressão mais pura deste sistema, uma vez que se baseia numa concepção dualista da divindade e do cosmos...
Os Pitagóricos, por seu lado, consideravam os números pares femeninos, porque possuem a faculdade de divisão por cissiparidade (bipartição); os ímpares por oposição, eram considerados masculinos. Não obstante, os gregos hesitavam em atribuir ao dois a qualidade de número, uma vez, que alegavam, tinha início e fim, mas não tinha meio.
   Na simbologia esotérica, o 2 representa o eco, o reflexo e, portanto, o conflito, a contraposição: a imobilidade momentânea quando as forças opostas são iguais. Geometricamente, representa-se por dois pontos, duas linhas ou um ângulo; do mesmo modo, representa a sombra e a sexualização de qualquer dualismo (Gémeos).
  O 2 simboliza o cadinho da vida e encerra dois pólos opostos: bem e mal, vida e morte. Por isso, o 2 é o número da magna mater, e todos os ramos do esoterismo o consideram nefasto.
  Na cabala, o 2 representa a sabedoria. No entanto, para São Tomás de Aquino, a dualidade era um número infame. Em numerologia, o 2 corresponde ao herói solar da mitologia: Apolo o deus do Sol, que percorre o firmamento num carro dourado.
  Do ponto de vista matemático, facto  que já era conhecido na Antiguidade, o 2 é o único número primo par. Só por isso mereceria um lugar priviligeado no Olimpo dos números. É o primeiro número primo factorial. È também um número primo de Einstein, sem parte imaginária e parte real da forma 3n-1. 
É o terceiro número da série de Fibonacci. O 2 é a base do sistema mais simples de numeração..."


Lamberto del Cid
Números Notáveis

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