Medalha de Ouro nas Olimpíadas Ibero Americanas de Matemática em
2014, Francisco Andrade, 17 anos, aluno do 12ºano de uma escola de Matosinhos, continuou
a enaltecer as equipas portuguesas neste tipo de competições. Em dois anos
consecutivos, Portugal obteve três medalhas de ouro, duas de prata e uma de
bronze, o que mostra o esforço e a progressão dos nossos alunos. Em San Pedro
Sula, nas Honduras, competindo com 82 alunos de 22 países, Francisco Andrade
confessou que não esperava tanto. "Esperava a prata".
Futuro matemático ou engenheiro, apaixonado por matemática,
proporcionou a Portugal o orgulho de conquistar a medalha de ouro numa
competição internacional de matemática.
E citando a nossa aluna Marisol Noronha (5ºA3), " Esse menino deve ser um menino muito esperto
por isso ganhou a medalha não é professora? Eu também gostava de ser como ele,
mas ele estudou muito de certeza", vamos conhecê-lo um pouco melhor.
Profª Susana
Tenreiro: Boa
tarde, Francisco Andrade. Parabéns pela Medalha de Ouro. Estou aqui apenas como
porta-voz. As questões que lhe vou colocar foram elaboradas pelos alunos de
Matemática do 5º ao 12ºano do ensino presencial e a distância da nossa Escola.
Daniel Moreira (11ºPE1): Desde
que idade percebeste que tinhas um dom para a Matemática?
Francisco Andrade: Desde cedo, desde
a escola primária que percebi ter esse dom.
Carla Monteiro (12ºPQ): Qual foi o motivo que te levou a participar
neste concurso?
Francisco Andrade: Eu participo já há algum tempo em olimpíadas de
matemática e no Projeto Delfos, que prepara os jovens portugueses para
olimpíadas internacionais de matemática, pelo que a participação nestas
olimpíadas foi a continuação de um longo trabalho.
Evelyn Claudino (7ºA3): Olá Francisco Andrade, sou a Evelyn e tenho
11 anos. Queria fazer-te uma pergunta: Tu próprio decidiste participar, ou
foram os teus familiares que te incentivaram a participar?
Francisco Andrade: Fui eu que decidi
participar.
Gionvanni Silva (6ºA1): Eras
o único português na competição? É a 1ª vez que concorres?
Francisco Andrade: Não, haviam três
outros portugueses em competição. É a primeira vez que participo nas Olimpíadas
Ibero Americanas de matemática, mas já tinha participado noutras olimpíadas.
Sinai Lumei (6ºA1): Não tinhas medo de ter erros?
Francisco Andrade: Sentia um pouco de medo.
Débora Nunes (5ºA3): Qual é o objetivo deste concurso? Será que
nos atrapalha os estudos? Ou ficaremos melhor à disciplina? O que iremos ter de saber? Ao participar
nas olimpíadas de matemática conta para no final do ano passarmos? Ou conta
para participação? No final que ficamos a saber?"
Francisco Andrade: Este concurso
ajuda as pessoas a melhorar as suas capacidades analíticas e matemáticas. Em
relação à nota do final do ano, ou se conta para passar, não tem influência
nenhuma.
Leandro
Cardinali (5ºA3): Com a
tua experiência com a matemática, achas que há alguma técnica que facilite a
forma de estudar e entender a matemática? E já agora os meus parabéns, eu gosto
de matemática mas acho que nunca me safava numas olimpíadas, pois ás vezes até os
exercícios me custa a fazer.
Francisco Andrade: Penso que a melhor técnica é tentar resolver o
máximo de problemas e tentar esforçar-se ao máximo para entender tudo.
Celina Mariani(5ºA3): Olá. Tu usas as tuas capacidades para
ensinares os outros? Sendo tu um jovem e
seres sem dúvida um orgulho de aluno para qualquer professor e que te ocupa
imenso tempo, ainda te resta tempo para estares com os teus amigos?
Francisco Andrade: Nas aulas tento ajudar os meus colegas sempre
que posso. Em relação à segunda pergunta, dá tempo para tudo.
Nilton Pinheiro (7ºA3):
Não sendo em Portugal a matemática uma das
melhores disciplinas, esta tua vitória tem um gosto especial? Sempre foste bom na Matemática ou foi
derivado das matérias que te foram surgindo?"
Francisco Andrade: Não creio que tenha um gosto especial por causa
disso. Em relação à segunda pergunta, creio que sempre fui bom a Matemática.
Rebeca Domingues (7ºA3): As Olimpíadas de matemática, foram nas
Honduras. Tiveste dificuldade com o idioma?" Tens alguma técnica para
estudar?"
Francisco Andrade: Não, eu escrevi a prova em português, uma vez
que a linguagem técnica é a mesma. A minha técnica para estudar é tentar
resolver problemas de um nível cada vez mais elevado.
Deolinda
Martinho (11ºPE1): Há
algum truque para ser bom a matemática?
Francisco Andrade: Penso que não há nenhum truque secreto. Se uma
pessoa tentar resolver exercícios e enfrentar as suas dificuldades acabará por
ter sucesso.
Cassandra Tristão (9ºA2): Qual
é a sensação de competir com oitenta e dois alunos e conseguir ganhar a medalha
de ouro?
Francisco Andrade: É boa, fiquei muito
contente.
Sónia Nunes (5ºA3): Quanto
tempo devemos estudar para conseguir?
Francisco
Andrade: Depende das pessoas e dos objetivos. Para estas olimpíadas eu estudei
bastante tempo.
Cristiano Costa (9ºA2): Depois
de ganhares a medalha o que pensaste?
Francisco Andrade: Fiquei contente
Nelson Carvalhais (11ºPE1): Recebeste
algum prémio em dinheiro? Quanto?
Francisco Andrade: Não, não recebi
prémio monetário.
Miguel Almeida (9ºA2): Estás a pensar nas próximas
Olimpíadas de Matemática? Se sim, achas que consegues voltar a ganhar? Havia alguma
rivalidade com alguma pessoa? Se sim, quem?
Francisco Andrade: Sim, estou a pensar nas próximas olimpíadas. O meu
objetivo é dar o meu melhor. Em relação à terceira pergunta, não tenho
rivalidade com ninguém.
Eliana Silva (7ºA3): Qual será a tua resposta para
alguém que te disser que quer competir nas olimpíadas de Matemática?
Francisco Andrade: Dir-lhe-ia que é uma ótima ideia. Se treinar,
resolvendo problemas de olimpíadas anteriores (era a minha técnica nas
primeiras olimpíadas em que participei) de certeza que terá sucesso.
Maria
David Carvalho (7ºA3): Qual é o conselho que darias a quem quer
fazer o mesmo?
Francisco Andrade: Dir-lhe-ia para começar por participar nas
olimpíadas portuguesas de matemática, tentando passar as sucessivas etapas até
à final nacional e depois ingressar no Projeto Delfos, para que possa ser
selecionado para participar em olimpíadas internacionais de matemática
Jénifer Marques (7ºA3): Sentiste-te orgulhoso de ti?
Francisco Andrade: Sim, senti.
Profª Susana Tenreiro: Agradecemos a sua
simpatia e disponibilidade e em meu nome, em nome dos professores de matemática
e dos alunos desta escola, desejamos-lhe as maiores vitórias e felicidades para
o seu futuro.
Sem comentários:
Enviar um comentário