sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Entrevista a Francisco Andrade






Medalha de Ouro nas Olimpíadas Ibero Americanas de Matemática em 2014, Francisco Andrade, 17 anos, aluno do 12ºano de uma escola de Matosinhos, continuou a enaltecer as equipas portuguesas neste tipo de competições. Em dois anos consecutivos, Portugal obteve três medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze, o que mostra o esforço e a progressão dos nossos alunos. Em San Pedro Sula, nas Honduras, competindo com 82 alunos de 22 países, Francisco Andrade confessou que não esperava tanto. "Esperava a prata".

Futuro matemático ou engenheiro, apaixonado por matemática, proporcionou a Portugal o orgulho de conquistar a medalha de ouro numa competição internacional de matemática.

E citando a nossa aluna Marisol Noronha (5ºA3), " Esse menino deve ser um menino muito esperto por isso ganhou a medalha não é professora? Eu também gostava de ser como ele, mas ele estudou muito de certeza", vamos conhecê-lo um pouco melhor.



Profª Susana Tenreiro: Boa tarde, Francisco Andrade. Parabéns pela Medalha de Ouro. Estou aqui apenas como porta-voz. As questões que lhe vou colocar foram elaboradas pelos alunos de Matemática do 5º ao 12ºano do ensino presencial e a distância da nossa Escola.


Daniel Moreira (11ºPE1): Desde que idade percebeste que tinhas um dom para a Matemática?

Francisco Andrade: Desde cedo, desde a escola primária que percebi ter esse dom.



       Carla Monteiro (12ºPQ): Qual foi o motivo que te levou a participar neste concurso?

Francisco Andrade: Eu participo já há algum tempo em olimpíadas de matemática e no Projeto Delfos, que prepara os jovens portugueses para olimpíadas internacionais de matemática, pelo que a participação nestas olimpíadas foi a continuação de um longo trabalho.


Evelyn Claudino (7ºA3):  Olá Francisco Andrade, sou a Evelyn e tenho 11 anos. Queria fazer-te uma pergunta: Tu próprio decidiste participar, ou foram os teus familiares que te incentivaram a participar?

Francisco Andrade: Fui eu que decidi participar.


Gionvanni Silva (6ºA1): Eras o único português na competição? É a 1ª vez que concorres?

Francisco Andrade: Não, haviam três outros portugueses em competição. É a primeira vez que participo nas Olimpíadas Ibero Americanas de matemática, mas já tinha participado noutras olimpíadas.



 Sinai Lumei (6ºA1):  Não tinhas medo de ter erros?

 Francisco Andrade: Sentia um pouco de medo.



Débora Nunes (5ºA3):  Qual é o objetivo deste concurso? Será que nos atrapalha os estudos? Ou ficaremos melhor à disciplina? O que iremos ter de saber? Ao participar nas olimpíadas de matemática conta para no final do ano passarmos? Ou conta para participação? No final que ficamos a saber?"

Francisco Andrade: Este concurso ajuda as pessoas a melhorar as suas capacidades analíticas e matemáticas. Em relação à nota do final do ano, ou se conta para passar, não tem influência nenhuma.



       Leandro Cardinali (5ºA3):  Com a tua experiência com a matemática, achas que há alguma técnica que facilite a forma de estudar e entender a matemática? E já agora os meus parabéns, eu gosto de matemática mas acho que nunca me safava numas olimpíadas, pois ás vezes até os exercícios me custa a fazer.

       Francisco Andrade: Penso que a melhor técnica é tentar resolver o máximo de problemas e tentar esforçar-se ao máximo para entender tudo.

    

 Celina Mariani(5ºA3): Olá. Tu usas as tuas capacidades para ensinares os outros?  Sendo tu um jovem e seres sem dúvida um orgulho de aluno para qualquer professor e que te ocupa imenso tempo, ainda te resta tempo para estares com os teus amigos?

Francisco Andrade: Nas aulas tento ajudar os meus colegas sempre que posso. Em relação à segunda pergunta, dá tempo para tudo.



     Nilton Pinheiro (7ºA3):  Não sendo em Portugal a matemática uma das melhores disciplinas, esta tua vitória tem um gosto especial?  Sempre foste bom na Matemática ou foi derivado das matérias que te foram surgindo?"

Francisco Andrade: Não creio que tenha um gosto especial por causa disso. Em relação à segunda pergunta, creio que sempre fui bom a Matemática.



       Rebeca Domingues (7ºA3): As Olimpíadas de matemática, foram nas Honduras. Tiveste dificuldade com o idioma?" Tens alguma técnica para estudar?"

Francisco Andrade: Não, eu escrevi a prova em português, uma vez que a linguagem técnica é a mesma. A minha técnica para estudar é tentar resolver problemas de um nível cada vez mais elevado.



Deolinda Martinho (11ºPE1):  Há algum truque para ser bom a matemática?

Francisco Andrade: Penso que não há nenhum truque secreto. Se uma pessoa tentar resolver exercícios e enfrentar as suas dificuldades acabará por ter sucesso.


Cassandra Tristão (9ºA2): Qual é a sensação de competir com oitenta e dois alunos e conseguir ganhar a medalha de ouro?

       Francisco Andrade: É boa, fiquei muito contente.



       Sónia Nunes (5ºA3):  Quanto tempo devemos estudar para conseguir?

Francisco Andrade: Depende das pessoas e dos objetivos. Para estas olimpíadas eu estudei bastante tempo.



        Cristiano Costa (9ºA2):  Depois de ganhares a medalha o que pensaste?

       Francisco Andrade: Fiquei contente



       Nelson Carvalhais (11ºPE1): Recebeste algum prémio em dinheiro? Quanto?

       Francisco Andrade: Não, não recebi prémio monetário.



       Miguel Almeida (9ºA2): Estás a pensar nas próximas Olimpíadas de Matemática? Se sim, achas     que consegues voltar a ganhar? Havia alguma rivalidade com alguma pessoa? Se sim, quem?

Francisco Andrade: Sim, estou a pensar nas próximas olimpíadas. O meu objetivo é dar o meu melhor. Em relação à terceira pergunta, não tenho rivalidade com ninguém.



       Eliana Silva (7ºA3): Qual será a tua resposta para alguém que te disser que quer competir nas olimpíadas de Matemática?

Francisco Andrade: Dir-lhe-ia que é uma ótima ideia. Se treinar, resolvendo problemas de olimpíadas anteriores (era a minha técnica nas primeiras olimpíadas em que participei) de certeza que terá sucesso.



  Maria David Carvalho (7ºA3): Qual é o conselho que darias a quem quer fazer o mesmo?

  Francisco Andrade: Dir-lhe-ia para começar por participar nas olimpíadas portuguesas de matemática, tentando passar as sucessivas etapas até à final nacional e depois ingressar no Projeto Delfos, para que possa ser selecionado para participar em olimpíadas internacionais de matemática


Jénifer Marques (7ºA3):  Sentiste-te orgulhoso de ti?

       Francisco Andrade: Sim, senti.



       Profª Susana Tenreiro: Agradecemos a sua simpatia e disponibilidade e em meu nome, em nome dos professores de matemática e dos alunos desta escola, desejamos-lhe as maiores vitórias e felicidades para o seu futuro.

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